sexta-feira, 15 de maio de 2009

MARIA MARIANA

Li no site da revista Época uma entrevista maravilhosa da Maria Mariana (a escritora muito talentosa de Confissões de Adolescente, lembram?) Bem, ela escreveu um livro (Confissões de mãe) e levantou uma polêmica sobre o fato de mulheres que abrem mão de carreira, dinheiro, canudo pra se dedicar exclusivamente a cria, como ela fez, fala também sobre depressão pós parto, diferença entre homens e mulheres...
Vale a pena ler :
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI71872-15228,00-.html

Gente, sou criticada quase que diariamente por algumas pessoas sobre o fato de eu ter optado de só trabalhar uma vez por semana e ficar o resto em casa com minha filha (Sim, tem gente que se incomoda com isso, acreditam?) .
Cada um faz o que quer da vida e busca pra si e para o seus uma forma melhor de se viver...
Cada caso é um caso. O que ela quis dizer, na minha opinião, é que realmente crianças precisam da mãe por perto pelo tempo que houver necessidade e isso é fato.

No blog da escritora- http://confissoes10anosdepois.blogspot.com/ - criou-se uma tsunami de comentários sobre o assunto. Tem desde mensagens de apoio, críticas até ofensas... Como gosto muito da Maria Mariana e concordo com a maioria de suas ideias , não pude deixar de fazer um comentário lá:


14 de Maio de 2009 10:46
Ela quer mudar o mundo disse...

Maria, Prazer, sou Estela do http://elaquermudaromundo.blogspot.com/. Estava esperando ansiosamente você criar um blog, pois, queria ter o prazer de ler suas palavras novamente. Concordo plenamente com elas. Trabalho com radiologia e optei em fazer apenas um plantão (24hs) na semana (aos domingos) para poder mais tempo com minha filha de 4 anos. Sou todos os dias massacrada pelas pessoas por isso. Sempre me questionam: Por que não arruma outros plantões e "bota essa menina na creche"? Acredito até pelos comentários que ouço, que me vêem como uma "vagabunda" que não gosta de trabalhar e gosta de ficar em casa "coçando o saco". Estou cheia disso.
1º Não sou "vagabunda", trabalho desde os 18 anos e isso nunca foi um problema para mim.
2º Não fico em casa "coçando o saco". A casa precisa de alguém para funcionar e aqui sou eu quem tem essa função. Estou aqui também preparando um ser humano melhor para esse mundo caótico.
Por pressão, até cometi a loucura certa vez de trabalhar em três lugares ao mesmo tempo. Foi horrível, pagava uma fortuna para uma pessoa tomar conta da minha filha e com o tempo comecei a perceber modos horríveis nela, além da carência... A pequena começou a ficar acordada de madrugada para ficar comigo e com isso eu ficava 24 horas no ar.
Eu e meu marido chegamos a conclusão de que não compensa todo esse sacrifício. Optamos por uma forma de vida com o lema "viver mais com menos". Vivemos bem, sem luxos. Trabalhamos os dois o suficiente para ela estudar em escola particular, tomar todas as vacinas que não são fornecidas no posto, ter plano de saúde... Temos uma alimentação mais natural, nada radical. Moramos em Itaipuaçu (Maricá), um lugar mais tranquilo, com mais qualidade e um menor custo de vida. Optamos por viver de uma forma mais simples, mas sem nos privar de viver bem... Por isso também somos massacrados por muitos.
Acredito, Maria, também na diferença entre homens e mulheres. Pra mim, essa comparação que você fez com a tempestade e o leme foi PERFEITA. Concordo plenamente!!! Aqui, meu marido que está no leme.
Enfim, amo suas palavras, penso como você e outras inúmeras mulheres que discordam do feminismo furado de quem geralmente não tem filho para criar.
Não estou aqui para criticar ninguém, afinal, cada um vive da forma que quer, cria os filhos da forma que quer, mas também não quero mais ser criticada, massacrada.
Já estou colocando seu blog na minha lista de preferidos... Quando puder dá uma passadinha no meu.
Beijos! Felicidades!!!

Ela quer mudar o mundo disse...

Ah, com certeza, comprarei o livro...



1 comentário:

Nina disse...

Oi Estela!

Nossa, a Maria tem um blog?? Como eu curtia aquela programa na tv cultura, gente!

Bom, nao preciso nem comentar nada né? Os textos, tanto dela qt seu dizem tudo e vc sabe o que eu penso...

adorei como vc e seu marido resolveram as coisas, e que bom ter o apoio dele tbm. Que bom!

Um beijo tbm na sua pequena, que tem a sorte de ter uma maezona dedicada por perto :)