segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Quero e estou mudando!

De uns anos para cá estou passando por uma transformação, não somente pelo passar dos anos e por conta da maturidade, mas por que eu quis, aliás, EU QUERO! Tento, diariamente ser uma pessoa completamente diferente do que eu era. Parece loucura, mas é verdade.

Sempre senti que estava sendo uma pessoa diferente do que eu realmente precisava ser. Parece complicado, mas vou tentar explicar.

Sempre fui muito preocupada, com tudo e com todos, sempre fui muito "pesada", melancólica, me deixei por muitos anos ser "vampirizada" por muitas pessoas. Tudo me afeta PROFUNDAMENTE, desde problemas alheios a pequenas coisas do dia a dia.

Decidi mudar. E isso aconteceu a algum tempo, não sei exatamente a partir de quando, provavelmente essa necessidade de mudança aumentou depois do nascimento da minha filha, ou quando me tornei protestante ou quando comecei a trabalhar na área de saúde.

É uma busca diária por ser um pouco Pollyana jogando o "Jogo do contente", mas sempre com os pés no chão.

Aprendi a agradecer a Deus pelas coisas mínimas, como acordar pela manhã, enxergar o dia (seja sol ou chuva), sentir o cheirinho da minha filha, ouvir sua gargalhada, ver meu marido chegando do trabalho e poder lhe dar um beijo e um abraço apertado de saudades, poder andar, pisar na grama, ter disposição para arrumar a casa (afinal, tenho uma casa!), ter comida para fazer. Aprendi a agradecer até por uma dor de garganta por exemplo, pois, poderia ser coisa pior.

Aprendi que devo sim, agradecer pois, nesse exato momento existem pessoas acabando, sumindo em leitos de hospitais, desenganadas, aguardando pela morte e já presenciei , ainda assim, essas pessoas louvando a Deus.

Parece trágico, mas é verdade. Reclamamos de coisas pequenas demais, a insatisfação é natural do ser humano e é por isso que luto diariamente contra esse instinto.

Na verdade, resolvi escrever esse post inspirada em uma reportagem que lí ontem na revista Época de 12 de maio de 2008 sobre Randy Paush, um professor americano que aos 46 anos de idade, em Setembro de 2006, foi diagnosticado com cancêr de pâncreas e os médicos lhe deram de 3 a 6 meses de vida.

Randy se tornou famoso devido a uma iniciativa da Universidade na qual lecionava, de oferecer aos seus alunos uma aula intitulada A última lição.

Em geral, o escolhido para essa missão é um dos professores mais queridos do Campus.
Randy foi escolhido e foi pedido a ele que imaginasse estar perto da morte e ser aquela a sua última chance de transmitir aos seus estudantes o que ele aprendeu de mais valioso nessa vida.

O mais impressionante é que o cancêr de Randy Paush só foi diagnosticado pouco tempo depois de ele ser escolhido para essa missão.

O professor, na época com três filhos, com 6, 3 e 2 anos de idade se tornou famoso, participou de programas de TV, lançou um livro (The last Lecture. A Última lição. Ed. Hyperion) e comoveu os Estados Unidos e o mundo com a forma "leve" com que lidou com a proximidade da morte.

Imagina, o homem com três filhos pequenos, ciente do fim muito próximo dizer:

-"Há um certo senso de urgência que eu tento não deixar que contamine meus filhos. Eles não sabem que em cada encontro com eles eu estou dizendo "adeus".
-"Não se queixem. Trabalhem. Acreditem e dêem o melhor de si".
-"Se não pareço deprimido como deveria, desculpe por desapontá-los, não sei viver sem ser feliz".

  • Depois de ler isso, dá para ficar reclamando de tudo sem sentir vergonha?

Os 76 minutos da palestra do professor foram colocados no YouTube e milhões de pessoas já viram e ouviram sua mensagem.

Posto aqui a 1ª parte legendada extraída do Youtube com o link. Quem estiver interessado a assistir a palestra inteira pode ir lá e ver as outras partes. É impressionante! Não é triste. Randdy é extremamente divertido e o vídeo é emocionante!



http://www.youtube.com/watch?v=CohJR40-BhM&feature=related

Randy Paush morreu em maio de 2008, mas deixou sua mensagem de que a vida é curta demais e não devemos nos prender a pequenas coisas, ser mesquinhos e perder tempo com o que não vale a pena.

Randy Paush com seus três filhos

http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=57863.0




PS.: Continuo aceitando sugestões sobre o texto da peça de fantoches sobre ecologia.

4 comentários:

Luciene Viana disse...

Você tem razão! Faz algum tempo tenho me sentido assim. Coloquei na cabeça que tudo que realmente importa é o amor a Deus (no meu caso, é claro). Nos preocupando com bobagens, não vemos a vida passar. Perdemos minutos preciosos que poderiam ser aproveitados com nossos filhos, marido ou amigos.
Um forte abraço!

Lúcia disse...

Começa dentro de cada um de nós! Ótimo! Bjs

Luciene Viana disse...

Obrigada. Gostaria de fazer parte da sua página também. Porém o campo "seguidores" não está acessivel.
Beijos!!!!

Flavia Langer disse...

É amiga, seria comico se não foisse tragico, mas a gente aprende com o tempo né...

aproposito, me liga mulé que to tentando falar com vc desde a semana passada, tenho novidades mas só conto por tel...bjs